A BYD acaba de escrever um dos capítulos mais impressionantes da história recente do mercado automotivo brasileiro. A montadora chinesa conquistou o quarto lugar no ranking de vendas no varejo em novembro de 2025, ultrapassando gigantes como Fiat, Honda e Toyota. Com 8.355 unidades emplacadas e 9,77% de participação de mercado, a marca consolida uma trajetória meteórica que tem deixado até os veteranos do setor de queixo caído.
E tem mais: o BYD Dolphin Mini, carro-símbolo da democratização dos elétricos no país, atingiu a marca histórica de 50 mil unidades vendidas desde seu lançamento em março de 2024. É o primeiro veículo 100% elétrico a alcançar esse volume no Brasil, provando que quando o preço é justo e o produto bem posicionado, brasileiro quer sim carro elétrico.
A virada de chave que ninguém esperava: BYD no top 4
Os números de novembro são de tirar o fôlego. Segundo dados oficiais da Fenabrave, a BYD emplacou 8.355 veículos no varejo brasileiro, conquistando impressionantes 9,77% de participação — praticamente 1 em cada 10 carros vendidos no varejo foi uma BYD.
Quando somamos vendas de varejo e vendas diretas (locadoras, frotistas, governo), o desempenho fica ainda mais expressivo: 9.726 unidades totais e 5,34% de market share, garantindo o sétimo lugar no ranking geral.
Para dimensionar o feito: a BYD vendeu mais carros no varejo do que Fiat, Honda e Toyota em novembro. Sim, você leu certo. Uma marca que chegou comercialmente ao Brasil apenas em 2022 já ultrapassou tradicionais centenárias. É revolucionário.
Black Friday turbinada: 16.500 pedidos em um único mês
Se os emplacamentos impressionaram, os pedidos explodiram. A BYD registrou 16.500 unidades encomendadas em novembro, o maior volume desde que começou a operar no país. Esse recorde está diretamente ligado à estratégia agressiva na Black Friday.
Enquanto marcas tradicionais ofereciam descontos tímidos, a BYD foi all-in: reduções de até R$ 26 mil em alguns modelos, taxas de financiamento reduzidas e pacotes de bônus atrativos. A mensagem era clara: agora é a hora de fazer a transição para o elétrico.
E os consumidores responderam com entusiasmo. Filas nas concessionárias, vendedores trabalhando até tarde, sistema de vendas congestionado. Foi uma Black Friday digna de lançamento de iPhone.
Dolphin Mini: 50 mil unidades que mudaram o jogo
O protagonista absoluto dessa história tem nome próprio: BYD Dolphin Mini. O compacto elétrico atingiu a marca de 50 mil unidades vendidas em menos de dois anos de mercado, tornando-se o primeiro veículo 100% elétrico a alcançar esse volume no Brasil.

Apenas em novembro foram 2.653 unidades emplacadas, mantendo o modelo na liderança absoluta dos elétricos pelo quarto mês consecutivo. O segundo colocado, Geely EX2 (recém-lançado), vendeu apenas 835 unidades — menos de um terço.
O reconhecimento internacional veio rápido. A prestigiada revista norte-americana Time elegeu o Dolphin Mini como uma das melhores invenções de 2025, destacando seu papel na democratização da mobilidade elétrica em mercados emergentes.
Por que o Dolphin Mini virou fenômeno?
A resposta está na combinação perfeita de preço acessível e proposta inteligente. Com valores a partir de R$ 115.800 (R$ 99.990 para PCD), o modelo se posicionou como a porta de entrada mais democrática para a eletrificação.
Vamos aos números práticos:
- Chevrolet Onix Plus Premier: ~R$ 110 mil
- Volkswagen Polo Highline: ~R$ 95 mil
- BYD Dolphin Mini: R$ 115 mil
Por R$ 115 mil, você leva um elétrico com 280 km de autonomia, central multimídia de 10 polegadas, carregador por indução e tecnologia embarcada de ponta. Na prática, custa quase o mesmo que um compacto a combustão bem equipado.
Some a isso as vantagens operacionais: ✅ Isenção de IPVA em vários estados ✅ Dispensa do rodízio em São Paulo ✅ Custo de “abastecimento”: ~R$ 80/mês vs R$ 500+ com combustível ✅ Manutenção reduzida (sem óleo, filtros, embreagem) ✅ Silêncio e conforto de condução
A conta fecha — e muito bem — a favor do elétrico.
Hegemonia total em eletrificados
A dominação da BYD no segmento de veículos eletrificados beira o absurdo. Em novembro, a marca emplacou 4.485 veículos totalmente elétricos, conquistando 62,27% de participação — ou seja, mais de 6 em cada 10 elétricos vendidos no Brasil são BYD.
Nos híbridos, a presença também é massiva: 5.240 unidades, correspondendo a 28,16% do mercado. Somando tudo, foram 9.725 veículos eletrificados vendidos em novembro.
No acumulado do ano, os números são ainda mais impressionantes: 7 em cada 10 elétricos e 1 em cada 4 híbridos vendidos no Brasil são BYD. É uma hegemonia raramente vista em qualquer segmento automotivo.
Liderança em capitais estratégicas
A expansão da BYD não é apenas nacional — é capilar. A marca conquistou posições de destaque em diversas capitais:

1º lugar no varejo:
- Brasília
- Salvador
- Porto Velho
3º lugar no varejo:
- Curitiba
- Goiânia
- Maceió
- Porto Alegre
- Rio de Janeiro
Essa presença forte em múltiplas regiões é resultado direto da expansão acelerada da rede de concessionárias. A BYD já tem mais de 200 lojas operando, com meta de atingir 250 unidades nos próximos meses.
Produção brasileira ganhando tração
A fábrica de Camaçari (BA) está funcionando a todo vapor e recentemente atingiu 10 mil veículos produzidos, com o Dolphin Mini sendo o primeiro modelo a sair da linha de montagem nacional.
Produzir localmente traz vantagens cruciais:
- Redução de custos logísticos
- Menor dependência cambial
- Prazos de entrega mais curtos (até 30 dias)
- Estabilidade de preços
- Geração de empregos locais
A fábrica tem capacidade inicial para 50 mil veículos anuais, com possibilidade de expansão conforme a demanda crescer. Além do Dolphin Mini, a unidade está preparada para produzir outros modelos.
Top 3 da BYD em novembro
O pódio de vendas reforça a estratégia equilibrada entre elétricos puros e híbridos:
1º – BYD Dolphin Mini: 2.653 unidades (elétrico) 2º – BYD Song Plus: 1.630 unidades (híbrido plug-in) 3º – BYD Song Pro GS: 1.551 unidades (híbrido plug-in)
Juntos, esses três modelos responderam por quase 6 mil das 8.355 vendas no varejo, mostrando que a montadora acertou em cheio no mix de produtos oferecido.
Denza: o ataque ao mercado premium
No Salão do Automóvel de São Paulo, a BYD apresentou oficialmente a Denza, sua marca premium dedicada ao segmento de luxo eletrificado.
A Denza desembarca no Brasil em 2026 com modelos de alta tecnologia e acabamento refinado, competindo com Mercedes, BMW e Audi. É um movimento estratégico para ocupar o topo da pirâmide e mostrar que eletrificação não é sinônimo apenas de economia, mas também de luxo e performance.
A meta ousada: liderar o Brasil até 2030
A BYD já declarou publicamente sua ambição: ser líder do mercado automotivo brasileiro até 2030. Parece ousado? Vejamos os fatos.
Em três anos, a marca saiu do zero para o 4º lugar no varejo e 7º lugar geral. Se mantivermos o ritmo de crescimento atual, ultrapassar GM, Volkswagen e Fiat até 2030 não é impossível.
A BYD tem trunfos importantes: ✅ Domínio completo da cadeia produtiva (fabrica as próprias baterias) ✅ Escala gigantesca global (maior fabricante de elétricos do mundo) ✅ Portfólio amplo e diversificado ✅ Preços competitivos via eficiência industrial chinesa ✅ Investimento pesado em infraestrutura nacional
O que vem por aí em dezembro e 2026
Com o tradicional aquecimento de fim de ano, dezembro promete números ainda melhores. A BYD já anunciou condições especiais para fechar 2025 com chave de ouro: bônus adicionais, descontos progressivos e taxas zero em alguns modelos.
Para 2026, a expectativa é de expansão massiva:
- Lançamento de novos modelos
- SUVs maiores e sedãs premium da linha Denza
- Ampliação da capacidade produtiva em Camaçari
- Nacionalização de mais componentes
- Preços ainda mais competitivos
Por que isso importa para você
A ascensão da BYD não é apenas uma história corporativa de sucesso. É uma mudança estrutural que beneficia diretamente o consumidor brasileiro.
Pela primeira vez, temos acesso a veículos eletrificados modernos, tecnológicos e bem equipados por preços que fazem sentido para o bolso da classe média. Não estamos falando de carros de R$ 300 mil ou R$ 400 mil reservados a poucos privilegiados.
O Dolphin Mini, ao atingir 50 mil unidades, provou que existe demanda massiva por eletrificação quando a conta fecha. Isso pressiona outras montadoras a acelerarem seus planos de eletrificação, trazendo mais opções e melhores preços.
Resultado? Mais concorrência, mais tecnologia acessível, mais economia no bolso e menos emissões. Todo mundo ganha.
A revolução está apenas começando
A BYD mostrou que é possível mudar o jogo rapidamente quando você tem o produto certo, o preço certo e a estratégia certa. Conquistar 9,77% do mercado de varejo em apenas três anos é algo que especialistas diziam ser impossível.
Mas a montadora chinesa não está satisfeita. A meta é clara: liderar o mercado brasileiro. E pelos números atuais, essa ambição não parece tão distante quanto parecia há alguns meses.
Para as marcas tradicionais, o recado está dado: acordem ou serão atropeladas. A eletrificação não é mais o futuro — é o presente. E quem não se adaptar rapidamente ficará para trás.
Para nós, consumidores, resta aproveitar essa revolução. Mais opções, melhores tecnologias, preços competitivos e a possibilidade real de contribuir para um futuro mais sustentável sem sacrificar o bolso.
A BYD provou: a revolução elétrica brasileira já começou. E está apenas aquecendo os motores.
E você, já considerou seriamente migrar para um elétrico ou híbrido? O que te impede de fazer essa transição? Compartilhe nos comentários!



