AIMA promete trazer o A05 em março, mas homologação ainda é incerta
A AIMA surpreendeu no Salão do Automóvel de São Paulo ao anunciar o A05, um mini carro elétrico de 3 lugares que custará entre R$ 47 mil e R$ 49 mil. O lançamento está previsto para março de 2026, mas a marca ainda não resolveu uma questão crucial: a homologação para uso nas ruas brasileiras.
O que é o AIMA A05
Com apenas 2,61 metros de comprimento — um metro menor que o Fiat Mobi —, o A05 é um veículo compacto pensado para mobilidade urbana. Na China, onde já é vendido por cerca de R$ 13 mil na conversão direta, ele dispensa carteira de motorista por ser classificado como veículo elétrico leve.

Especificações principais:
- Motor de 4,3 cv
- Velocidade máxima de 45 km/h
- Autonomia de 55 a 60 km
- Bateria de lítio 72V 100AH
- Recarga em 8 a 10 horas (tomada 220V)
- Capacidade para 3 ocupantes
O problema da legalização
O grande dilema do A05 é que ele não se encaixa perfeitamente em nenhuma categoria do Código de Trânsito Brasileiro. Com 4 rodas, volante e cabine fechada, não pode ser classificado como ciclomotor. Mas com apenas 45 km/h de velocidade máxima e 4,3 cv, também não atende os requisitos de um carro convencional.
A AIMA precisa conseguir homologação do Contran antes do lançamento, o que pode exigir a criação de uma nova categoria de veículos ou adaptações significativas no projeto.
Vale a pena?
Se conseguir circular legalmente, o A05 será disparado o veículo elétrico mais barato do Brasil — custa menos de um terço do Renault Kwid E-Tech (R$ 140 mil+). Por outro lado, a autonomia limitada e a velocidade máxima baixa restringem bastante o uso prático.

O público-alvo são moradores de condomínios, famílias que buscam segundo carro para trajetos curtos e pessoas que querem uma alternativa mais confortável que scooters elétricas.
Quem é a AIMA
A fabricante chinesa não é desconhecida no Brasil — atua há 8 anos no país com scooters e bicicletas elétricas. É líder global em veículos elétricos de duas rodas e está presente em mais de 80 países.
A empresa planeja usar sua rede de revendedores já estabelecida para comercializar o A05, aproveitando também a estrutura de assistência técnica existente.
Próximos passos
Antes do lançamento em março de 2026, a AIMA precisa:
- Obter aprovação do Contran para homologação
- Definir se será necessária CNH e qual categoria
- Esclarecer em quais vias o veículo poderá trafegar
- Estabelecer normas de emplacamento e seguro
O conceito é interessante e o preço atraente, mas tudo depende da resolução das questões legais. Nos próximos meses, a marca deve divulgar mais detalhes sobre como pretende regularizar o A05 para o mercado brasileiro.
E você, compraria um mini carro elétrico por menos de R$ 50 mil se ele for homologado? Deixe sua opinião nos comentários!



