Estreia está prevista para o segundo semestre de 2026 e coloca a marca em pé de igualdade com a Toyota
A GWM confirmou que vai estrear seu motor híbrido flex no Brasil no segundo semestre de 2026, com o Haval H6 sendo o primeiro modelo a receber a tecnologia. A novidade foi antecipada durante o lançamento da linha 2026 do SUV e representa um marco importante para a marca chinesa no mercado brasileiro.
Atualmente em fase final de homologação, o motor flex foi desenvolvido em parceria com a Bosch no Brasil, mas terá produção na China. Com isso, a GWM se tornará a segunda fabricante — ao lado da Toyota — a oferecer veículos híbridos bicombustíveis no país.
O desafio do etanol brasileiro
O desenvolvimento do motor híbrido flex enfrentou desafios técnicos importantes. O principal obstáculo foi adaptar o sistema para trabalhar com o etanol hidratado vendido no Brasil, que possui menor graduação alcoólica e mais água na composição comparado ao etanol de outros países.
Segundo a fabricante, os testes em laboratório estão em fase avançada e os engenheiros já realizaram os ajustes finais de calibração. O próximo passo são as avaliações em condições reais de uso, que devem ser concluídas nos primeiros meses de 2026.
Melhorias no motor 1.5 turbo
Enquanto o flex não chega, o Haval H6 2026 já recebeu atualizações importantes no motor 1.5 turbo que equipam toda a linha. O propulsor agora conta com intercooler a água, bomba de óleo variável e bomba d’água eletrônica — o mesmo arranjo usado no Wey 07.
Essas mudanças melhoram a eficiência térmica e preparam o terreno para a chegada da versão bicombustível. O motor atual desenvolve 150 cv e 24,4 kgfm de torque, mas esses números devem ter um incremento discreto quando o sistema flex entrar em operação.
Quatro versões com diferentes níveis de eletrificação
A linha 2026 do Haval H6 oferece quatro configurações de motorização, todas preparadas para receber o sistema flex:

HEV2 (híbrido convencional): Bateria de 1,7 kWh, 243 cv e 54,5 kgfm, câmbio automatizado de duas marchas. Consumo de até 14,7 km/l.
PHEV19 (híbrido plug-in): Bateria de 19 kWh, 326 cv, autonomia elétrica de 73 km. Carregamento externo disponível.
PHEV35 (híbrido plug-in): Bateria de 35 kWh, 393 cv e 78,7 kgfm, autonomia elétrica de 119 km.
H6 GT (SUV cupê): Mesma mecânica do PHEV35, com 393 cv e design diferenciado.
Tank 300 também será flex
A GWM confirmou que o Tank 300 receberá a tecnologia flex em 2026. O SUV off-road usa motor 2.0 turbo que, combinado ao sistema híbrido plug-in, entrega 394 cv e 76,4 kgfm de torque.
Diferentemente do Haval H6, que é montado na fábrica de Iracemápolis (SP), o Tank 300 continuará sendo importado. A inclusão do sistema flex amplia as possibilidades para quem busca um SUV robusto com melhor eficiência energética.
Produção nacional em expansão
A fábrica da GWM em Iracemápolis começou a operar em agosto de 2025 com o processo de importação peça a peça. Atualmente, o índice de nacionalização está em 35%, com meta de atingir 60% em 2026.
A produção local do motor híbrido flex deve acelerar esse processo, reduzindo custos e permitindo preços mais competitivos. A marca já negocia com 100 fornecedores locais de componentes para ampliar a cadeia produtiva.
Liderança consolidada
O Haval H6 é atualmente o SUV híbrido mais vendido do Brasil, com mais de 25 mil unidades emplacadas em 2024. Em agosto, registrou 3.102 unidades vendidas, garantindo 17,7% de participação no segmento.
A chegada do motor flex deve reforçar ainda mais essa posição, oferecendo ao consumidor brasileiro a possibilidade de escolher entre gasolina e etanol conforme a melhor vantagem econômica do momento.
Você esperaria até 2026 para ter um Haval H6 flex ou compraria a versão gasolina agora? Comente!



